O ARTISTA PRECISA DE UM CACHECOL!
Pode ser que conheças, Leitor, qualquer artista na necessidade: não o desampares, muito especialmente por estes dias de Inverno. E não conhecendo, e querendo, não faças cerimónia: manda o que quiseres.
Aceitamos tudo:
Dinheiro, cigarros, fatiota, roupas de cama, mercearias, BACALHAU, brinquedos, livros, esferográficas, papel de máquina, vitaminas, uma corneta (para tocar num dia que cá sei), viagens pelo Continente, estadias em casa de muito sossego, garrafas de vinho, revistas com nus (são para mim), um casaco de abafar (é para a minha senhora), pastéis de nata, salchichas, passas e nozes, tâmaras, um osso com tutano para o caldo da Geninha, lâminas de barba, o perdão das nossas dívidas, uma assinatura do Jornal de Letras e Artes (minha leitura predilecta), bolo-rei, bolsa da Gulbenkian (proposta: uma biografia do Bocage), uma caixa de bombons, passarinhos assados, orelheira de porco, latas de conserva (gostamos de qualquer marca), etc., etc., etc.